Animais Místicos
Muitas
criaturas fabulosas tiveram origem na Mesotopâmia, nos vales do Tigre e do
Eufrates, e daí passaram para Oriente e Ocidente. A fênix, a serpente de muitas
cabeças e a imagem de uma grande ave com uma serpente nas suas presas surge na iconografia
de muitas regiões do mudo. Estes animais míticos que são semi-animais,
semi-humanos, representam tanto os instintos animais como o intelecto humano.
Os monstros que são em parte pássaros, em parte criaturas da terra ou do mar,
assumem as associações simbólicas de ambos, representando talvez o sol e as
águas, para além do seu simbolismo intrínseco.
Centauro

Com o torso
e a cabeça de um homem sobre o corpo de um cavalo, o centauro combina a
natureza instintiva do animal com a razão e a virtude do homem. Na mitologia
grega, Quíron, um respeitado mestre, era um centauro. O centauro é também um
símbolo cristão do homem dividido entre o bem e o mal.

Bárbaros por natureza gostavam de se embriagar, luxuriosos, seres selvagens de caráter bestial. Representam a natureza selvagem, que não consegue ser controlada, a anarquia, sexualidade, fertilidade.
O mito
Quiron, era o médico, o educador, o mais justo dos centauros. O centauro
imortal, da família de Zeus (filho de Saturno/Cronos e Filira), não era
violento nem selvagem como os demais. Era mestre das artes, da guerra, da caça,
da adivinhação, da música, e, principalmente da medicina. Era o que curava os
males e as feridas. É o mito do curador ferido. Acidentalmente ferido por uma
flecha envenenada, e passa vida com uma ferida que não cicatrizava. Era imortal
e a ferida incurável, e assim, Quiron entendia o sofrimento dos seus pacientes.
Livrou-se da dor ao trocar sua imortalidade com Prometeu. É a caracterização da
constelação de sagitário. Simboliza os conhecimentos de cura.
Fênix

Representadoa
com penas douradas e vermelhas, e assemelha-se a uma águia. Os árabes contam
que poucos a viram no mundo. Que ela é grande como a águia, pescoço dourado,
corpo vermelho, penas cor-de-rosa e cauda azul. Seu mito se estende ao Egito, a
China, a Grécia e se espalhou pelo mundo. Depois de uma longa vida (1.000 anos)
ela consome-se a si própria através do fogo e renasce das próprias cinzas.
Garuda
É o emblema dos soberanos de raça solar e Naga o dos soberanos de raça lunar. Garuda é também a palavra alada, o triplo Veda, um símbolo do verbo, ou seja, o mesmo que a águia representa na iconografia cristã.
Garuda possuía cabeça humana com bico e três olhos, asas, braços e pernas, e era inimiga das serpentes Nagas
Montada de
Vixnu, Garuda é normalmente representado meio-homem , meio-águia.
Muitas vezes tem um corpo de ouro. É uma criatura nobre e distinta que
representa o sol e é um pássaro da vida. Surge amiúde, combatendo os
seus grandes inimigos, as serpentes.
O Garuda Purana é um dos dezoito Mahapuranas e é considerado o principal texto hindu a respeito da transmigração da alma, vida após vida. É uma espécie de códice do samsara, ou ciclo eterno de nascimentos e mortes.
O Purana narra um diálogo entre Garuda e Vixnu a respeito de como ocorre a transmigração e explicando detalhadamente o processo conforme é apresentado nos diversos outros textos védicos.
Grifo
Grifo é uma criatura lendária com cabeça e asas de águia, sua cabeça se assemelha muito com a águia Americana e corpo de leão. Fazia seu ninho em bolcacas (Nome usado para o ninho do grifo conforme a mitologia grega) e punha ovos de ouro sobre ninhos também de ouro. Outros ovos são frequentemente descritos como sendo de ágata.

O grifo era
um guardião com a cabeça, as asas e as presas de uma águia e o corpo de
um leão. Segundo a lenda, era maior que oito leões e mais forte que
cem águias. Consagrado a Apolo e Atena, o grifo é um símbolo de
vigilância, vingança e sabedoria.
A figura do grifo aparentemente surgiu no Oriente Médio onde babilônios, assírios e persas representaram a criatura em pinturas e esculturas.
os grifos da Índia eram guardiões do ouro. o Grifo simboliza um signo zodiacal, devido ao senso de justiça apurado, o fato de valorizar as artes e a inteligência, e o fato de dominar os céus e o ar, simboliza o signo de libra, a chamada balança.
Os grifos podem cruzar com éguas. Desse cruzamento damos o nome de hipogrifo, mas tais cruzamentos são, de forma, raros.
Também são retratados em moedas, por exemplo, na lira italiana tem, entre outros desenhos, o de um grifo.
Harpia
Representadas ora como mulheres sedutoras, ora como horríveis monstros, as Harpias traduzem as paixões obsessivas bem como o remorso que se segue a sua satisfação.
Na mitologia grega, as Harpias (do grego hárpyia, "arrebatadora") eram filhas de Taumas e Electra e, portanto, anteriores aos olímpicos.
Procuravam sempre raptar o corpo dos mortos, para usufruir de seu amor. Por isso, aparecem sempre representadas nos túmulos, como se estivessem à espera do morto, sobretudo quando jovem, para arrebatá-lo.
Parcelas diabólicas das energias cósmicas, representam a provocação dos vícios e das maldades, e só podem ser afugentadas pelo sopro do espírito.
A princípio duas - Aelo (a borrasca) e Ocípite (a rápida no vôo) - passaram depois a três com Celeno (a obscura).
O mito principal das Harpias relaciona-se ao rei da Trácia, Fineu, sobre quem pesava a seguinte maldição: tudo que fosse colocado a sua frente, sobretudo iguarias, seria carregado pelas Harpias, que inutilizavam com seus excrementos o que não pudessem carregar.
Perseguidas pelos argonautas, a pedido de Fineu, obtiveram em troca da vida a promessa de não mais atormentá-lo.
A partir de então, refugiaram-se numa caverna da ilha de Creta.
Hidra

Aparentada à naga de muitas cabeças da Índia, a hidra era uma serpente , por vezes representada com um corpo semelhante ao do cão. Era um adversário formidável, na mitologia grega, é morta por Hércules. Simboliza os muitos obstáculos no caminho da virtude.
A Hidra, segundo a mitologia grega, era um terrível monstro com corpo de dragão. Possuía sete, oito ou até nove cabeças de serpente. Somente uma era principal e todas as demais, réplicas. Esse assustador monstro habitava um pântano junto ao lago de Lerna, na região da Grécia. A Hidra era terrível e assustadora não só por conta de sua aparência, mas principalmente pelo fato de que os desavisados que tentavam matá-la acabavam aumentando o seu poder. Isso acontecia porque, ao cortarem uma de suas cabeças, duas cresciam imediatamente no lugar, além de possuir um hálito terrível e mortal.
Hipocampo
Na mitologia grega, o hipocampo servia de companhia e montaria às nereidas
e de animal de tração ao carro de Poseidon. Seres com características
semelhantes aparecem na arte de outras culturas, inclusive a Meopotâmia e
a Índia. Também foi representado em bronzes, prataria e pinturas da
Antiguidade romana ao período barroco.
Na
heráldica européia, o hipocampo é representado com cabeça e torso de
cavalo, mas com uma barbatana de peixe no lugar da crina, pés com
membranas no lugar de cascos, cauda de peixe e, às vezes, asas de
peixe-voador Normalmente conheido como cavalo-marinho, é usado muitas vezes na heráldica para representar uma ação louvável no mar. Nas armas da Cidade de Belfast, simboliza o comércio ultramarino.
Minotauro

Minotauro, originalmente, era apenas utilizado como nome próprio, referindo-se a esta figura mítica. O uso de minotauro como um substantivo comum que designa os membros de uma raça fictícia e genérica de criaturas antropogênicas com cabeças de touro surgiu bem posteriormente, no gênero de ficção fantástica do século XX .
Conta o mito que ele nasceu em função de um desrespeito de seu pai ao deus dos mares,Poseidon .
O rei Minos, antes de tornar-se rei de Creta, havia feito um pedido ao
deus para que ele se tornasse o rei. Poseidon aceita o pedido, porém
pede em troca que Minos sacrificasse, em sua homenagem, um lindo touro
branco que sairia do mar. Ao receber o animal, o rei ficou tão
impressionado com sua beleza que resolveu sacrificar um outro touro em
seu lugar, esperando que o deus não percebesse.
Muito bravo com a atitude do rei, Poseidon resolve castigar o mortal.
Faz com que a esposa de Minos, Pasífae, se apaixonasse pelo touro. Isso
não só aconteceu como também ela acabou ficando grávida do animal.
Nasceu desta união o Minotauro.

Pégaso
Pégaso está ligado às tempestades, à água, é ele quem traz o trovão e os raios. É também o símbolo da criatividade do espírito, dos poetas e da imaginação.
O herói Belerofonte capturou o cavalo enquanto ele bebia água de um poço. Para isso, usou um bridão de ouro, presente da deusa Atena
Foi montado em Pégaso que Belerofonte conseguiu matar o horrível monstro Quimera. Mas, quando o herói tentou montar o cavalo de novo, ele corcoveou, atirou Belerofonte longe e subiu para os céus, onde virou uma constelação.
Sereiras
Sereias são figuras lendárias que repetem-se nas mitologias do mundo todo, encantando e muitas vezes amedrontando. Agora, a brasileira Mirella Ferraz ganha a vida como sereia profissional.
Presentes nas mais famosas obras e mitos gregos, como Argonaútica e a Odisséia, as sereias – mistura de mulher e animal – representavam na mitologia grega perigos e azar. Esse seres mitológicos seriam filhas do rio Achelous e da musa Terpsícore, junto com as Harpias, e moravam em rochedos entre a ilha de Carpie e a costa da Itália.
Além de bonitas e sedutoras, as sereias mitológicas possuíam uma voz doce e encantadora, que convidava os marinheiros que passavam por perto, fazendo com que chocassem seus navios contra os rochedos e afundassem.
Na obra Odisséia, de Homero, Ulisses, cansado depois de tantos anos tentando retornar a Ítaca, se vê obrigado a atravessar a região onde ficavam as sereias. Devido aos conselhos da feiticeira Circe, Ulisses manda que sua tripulação o amarrem a força junto ao mastro de seu barco, enquanto seus marinheiros deveriam colocar cera para fechar os ouvidos e não escutar o canto das sereias. Dessa maneira, o protagonista consegue voltar para casa ileso.
Simurgh
O Simurgh é retratado na arte iraniana como uma criatura alada, na forma
de um pássaro, gigante o suficiente para carregar um elefante ou uma
baleia. Ele aparece como uma espécie de pavão com a cabeça de um cão e
as garras de um leão, no entanto, às vezes também com um rosto humano. O
Simurgh é inerentemente benevolente e evidentemente do sexo feminino.
Sendo uma parte mamífera, ela amamenta seus filhotes. O Simurgh tem
dentes. Ele tem uma inimizade com cobras e seu habitat natural é um
local com água em abundância. Suas penas são descritas sendo da cor de
cobre, e apesar de ter sido inicialmente descrita como sendo um
cão-pássaro, mais tarde, mostrou-se tanto com a cabeça de um homem,
quanto com a de cão.
Sleipnir
Na mitologia nordica, o Sleipnir é a montaria mágica de Odin. O lendário corcel de oito patas é o ser mais rápido entre os planos. O seu nome significa suave ou aquele que plana no ar. Ele também é associado com as palavras esguio e escorregadio.

O mais rápido de todos os garanhões era Sleipnir, o cavalo de oito pernas de Odin, o deus-mago teutônico da guerra. Sleipnir vencia todos os obstáculos e galopava tanto em terras como no mar. Sendo o cavalo de Odin, estava associado ao poder deste deus e tambem simbolizava o vento.
Tritão
Tritão (Triton) na mitologia grega, Tritão é um deus marinho, filho de Poseidon e Anfitrite, geralmente representado com cabeça e tronco humanos e cauda de peixe. É um fiel servidor de seus pais, atuando como seu mensageiro e acalmando as águas do mar para que a carruagem de Poseidon deslize com segurança. Para tal ele se utiliza de búzios como instrumento, produzindo assim uma música apaziguadora.
Tritão também é o nome da maior lua de Netuno. É possivelmente o astro mais frio do Sistema Solar, com
temperatura de cerca de -- 235 º C. Foi descoberto em 1846 e deve seu nome a um personagem da Mitologia Grega.
Sua atmosfera é composta quase que exclusivamente de azoto, com mínimas quantidades de metano. É um dos poucos astros que apresentam atividade vulcânica, no momento.
tritão foi melhor estudado com o auxílio da sonda espacial Voyager 2 , em 1989.
Unicórnio

O unicórnio é puro e incorruptível. Na china, representa a afabilidade, boa votade, sabedoria e longevidade; no Cristianismo, representa Cristo. Segundo a tradição medieval, o corno do unicórnio era um poderoso antídoto contra os venenos, mas o animal era tão selvagem que nenhum caçador conseguia caça-lo. Só uma virgem era capaz de atrair e amansar o unicórnio.
Cérbero
O último "trabalho" consistiu em levar a Euristeu o terrível guardião da entrada do Hades. Héracles se iniciou primeiramente nos Mistérios de Elêusis, culto que ensinava aos fiéis como chegar ao outro mundo; acompanhado então do deus Hermes, seu meio-irmão, adentrou a morada dos mortos.
Encontrou-se primeiro com a sombra de Meleagro, o herói da Caça ao Javali de Cálidon, que lhe contou sua história e pediu que amparasse a irmã, Djanira. Deparou-se a seguir com Teseu e o amigo dele, Pirítoo, ainda vivos mas acorrentados. Conseguiu libertar Teseu, com a permissão de Perséfone, mas Pirítoo teve de ficar.
Finalmente, Héracles apresentou-se a Hades e pediu licença para capturar Cérbero. O deus concordou, desde que o herói o fizesse sozinho e desarmado. Héracles apertou então o monstro em seus braços até quase sufocá-lo, abrandando assim sua ferocidade, e levou-o tranquilamente a Euristeu. Ao ver o "cachorrinho", o rei se assustou e correu para dentro daquele vaso já reservado para isso.
Cumprida então a última tarefa determinada pelo Oráculo de Delfos, o herói levou Cérbero de volta e devolveu-o a Hades. Se o monstro continuou monstro depois do hercúleo aperto, a Mitologia não registrou...
Faunos, Pan e Sátiro

in: http://viaestelar.wordpress.com/2010/03/27/animais-misticos/
www.nomismatike.hpg.ig.com.br
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